Integrou a equipa do restaurante "El Bulli" em Roses, Barcelona, para um estágio profissional. Como foi estagiar lá e o que aprendeu?

Os três meses que passei no “El Bulli” mudaram radicalmente a minha vida. Foi uma experiência extraordinária. Aprendi a ver mais além, a pensar fora da caixa, o que me permitiu crescer pessoal e profissionalmente. Apaixonei-me ainda mais pela Cozinha.

O que acha da Gastronomia Portuguesa?

É a minha preferida. Sou suspeito…É uma cozinha riquíssima e diversificada. Apesar de sermos um país pequeno, viajamos apenas 100 km e a cozinha muda. Mudam os temperos, os produtos e os sabores. Temos o melhor peixe do Mundo, grandes queijos, grandes enchidos e grandes vinhos.

A cozinha molecular já faz parte de um dos seus restaurantes. Como é que os clientes reagem a esta nova maneira de saborear os alimentos?

Devo dizer que não me identifico com o termo “cozinha molecular” porque de facto toda a matéria tem moléculas. Estamos a falar de física e de química. As técnicas utilizadas como as esferificações, as espumas, as gelatinas frias e quentes são técnicas que deverão ser utilizadas com moderação e sempre contextualizadas de forma a melhorarem o prato. É importante que estas técnicas surpreendam de uma forma positiva e agradem a quem as prova.